COMO ESTÃO OS SEUS RELACIONAMENTOS

Você é capaz de estabelecer relações de verdadeira intimidade com pessoas da sua família, com seus cônjuges, com seus amigos?

Você é capaz de estabelecer relações de verdadeira intimidade com você mesmo?

Nós vivemos hoje, segundo os filósofos, tempos chamados de tempos líquidos.

Eu sou parte desses tempos, vocês também.

O que são tempos líquidos?

Tempos líquidos são tempos onde nós não temos mais certeza de nada.

Onde as famílias, antes estruturas muito firmes, muito confiáveis, o alicerce da nossa sociedade, na verdade hoje se desconstituem aos nossos olhos.

OS CASAMENTOS

Casamentos duradouros, pra o resto da vida?

A ciência, dona das verdades absolutas, um espaço de conhecimento que parece absolutamente confiável, na realidade, traz apenas uma perspectiva de provisoriedade.

E nós estamos aí, envolvidos nesse mesmo processo,  e este processo de nos sentirmos, de alguma forma, inseguros e encantados pela infinitude de possibilidades que nós temos para acessar e encontrar aquilo que nós todos buscamos, como seres humanos, que é o processo de autorrealização e a conquista da felicidade.

O AUTO CONHECIMENTO E A SOLUÇÃO DOS CONFLITOS

O processo de autorrealização e de autoconhecimento humano e tentando entender um pouquinho como é que as pessoas lidam com os seus conflitos internos e externos.

À medida que a gente vai se aprofundando  nos conhecimentos a respeito do cérebro, se consolida ainda mais o entendimento de que o nosso aparelho psíquico se subdivide em três partes, basicamente:

01 – Uma que nós chamamos de consciente e que todos nós conhecemos

02 – A outra que nós chamamos de inconsciente, que se subdivide, segundo o psicólogo Carl Gustav Jung, em duas partes: O inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.

O que isso tem de importante pra nós quando a gente pensa em felicidade, propósito de vida e autoconhecimento?

Ora, nós estamos acostumados a viver numa sociedade
em que só olhamos pra fora.

COMO NÓS VIVEMOS

Nós vivemos, em uma realidade materialista e como seres humanos espirituais  que não olhamos para o nosso lado como não ser apenas físico, passamos a experimentar um sentimentos de angústia de ansiedade, de insatisfação e não sabemos bem por quê.

Escolhemos em função das escolhas que a sociedade nos coloca, e nos desconectamos cada vez mais de nós mesmos.

À medida que fomos estudando e pesquisando as diversas formas de reação humana, fui descobrindo uma coisa muito antiga,
chamada autoconhecimento.

Isso é, tão simples, trabalhado desde a Grécia Antiga ou muito antes. O que significa isso? Simples demais.

Criar um tempo, criar uma prática de olhar para mim mesmo. E, ao longo dessas pesquisas, eu fui descobrindo, também, que pessoas que não se autoconhecem são incapazes de produzir uma coisa preciosa nas relações interpessoais, chamada empatia.

O que é empatia? Empatia é a capacidade que eu tenho de me colocar no lugar do outro, do ponto de vista do outro, calçar os sapatos do outro. O que acontece que não temos mais condições
de desenvolver a condição empática?

Por que isso acontece? Isso acontece porque, se meu ponto de partida, é obscuro e desconhecido, como serei eu capaz de ler o outro?

Isso é possível? 

Eu diria que se eu imprimir em minha vida o  autoconhecimento como uma prática diária eu consigo expandir a consciência e sou capaz de me reconectar comigo.

COMO FAZER?

Eu começo a me perguntar:

“Quem sou eu de verdade?”

“Quem é você de verdade?”

“Por que razão você nasceu?”

Estudos da Universidade de Harvard vão mostrar que nós temos uma coisa chamada de centro de bem-estar, que também é de natureza arquetípica, e que nos sinaliza se uma determinada experiência é considerada boa ou ruim, através de sensações.

Quem de nós quando lembra da infância não tem algumas experiências
que geram um frio na barriga, uma sensação de mal-estar?

Ou então quando sentimos determinados cheiros quando nós ouvimos determinadas músicas, nós não acabamos experimentando aquela experiência de novo?

Todos nós temos isso. E esse centro de bem-estar serve justamente para sinalizar as escolhas.

AS ESCOLHAS

São tantas as escolhas, são tantas as possibilidades que temos.

Como fazemos para fazer a escolha certa?

A escolha certa está sinalizada por esse centro de bem-estar. Esse sinalizador interno, autorregulador,que na realidade vai dizer: “Vá por aqui, não vá por ali”.

Por que nós somos tão surdos a esse centro? Porque não estamos conectados com nós mesmos.

Autoconhecimento significa conexão.

E aqui, eu faço um convite para que nós possamos pensar um pouquinho sobre quatro grandes arquétipos

Quatro grandes personagens interiores, que todos nós temos dentro de nós mesmos e que na realidade coordenam os nossos processos de:

querer, pensar, sentir e fazer.

TODOS NÓS TEMOS ESSES ARQUÉTIPOS

Nos temos esses arquétipos e quando não entramos em contato com eles, eles acabam agindo individualmente, nos puxando uma hora para um lado,
outra hora para outro.

Quando o pensar não está conectado com o querer, que não está conectado com o sentir, que não está conectado com o fazer, o que acontece conosco?

Acontece esta vida, organizada pela busca e pelo desencontro do sentido constante. 

O ARQUÉTIPO DO SONHADOR

É aquele arquétipo relacionado com o nosso desejo, com os nossos sonhos, com a nossa coragem de criar e de perseguir um sonho.

É o que nos faz analisar situações, nos faz pensar, aplicar fatos e lógicas
sobre as coisas que nós vivemos, ponderar as consequências dos nossos atos.

Todos nós temos isso, ele está ligado à função do querer. 

O ARQUÉTIPO DO AMANTE

É aquele responsável pelos nossos sentimentos, pelas nossas emoções, pela capacidade que nós temos de estabelecer uma relação de confiança com os outros.

O ARQUÉTIPO DO GUERREIRO

É aquele responsável pelas nossas ações, por aquilo que nós fazemos.

Pensem numa orquestra. Imaginem que nós estamos, um cantando um rock, outro tocando música antiga, outro tocando salsa, e outro tocando samba. O que acontece aí?

Se nós não nos autoconhecemos, se nós não investimos nessa escuta ao centro de bem-estar acontece essa bagunça e não aquilo que nós pudemos ouvir aqui dentro do nosso coração.  

Qual é a ideia desse processo? É que esses quatro arquétipos trabalhem juntos, ancorados no nosso centro de bem-estar. Se acontecer isso, o que nós temos?

Nós temos o ponto de partida, o gatilho dado para a nossa viagem
de autoconhecimento.

E aí? E os conflitos que nós temos? Nós vamos conseguir resolvê-los de forma adequada?

Claro que sim. Por quê? Porque quando eu tenho clareza sobre mim mesma(o), sobre quem eu sou, eu não preciso entender o conflito como uma situação de disputa com o outro.

Eu vou entender os conflitos como um problema que eu tenho pra resolver e que na realidade eu enxergo o meu interlocutor como um parceiro para dividir esse problema.

COMO PENSAR A RESPEITO DOS CONFLITOS COM O OUTRO?

Eu não estou numa arena tentando derrubar o outro. Não é uma relação de ganhar e perder, e, sim, uma relação de ganhar-ganhar. Propósito de vida?

Nós temos um tesouro guardado dentro de nós. Se nós empreendemos
nessa viagem de autoconhecimento, e se nós escutamos o nosso centro de bem-estar, se nós valorizarmos nossa inteligência intuitiva, aqui dentro, está o nosso propósito de vida.

Não está do lado de fora. Não está nas prateleiras do supermercado. Não está no shopping center. Está aqui dentro.

E uma vez que eu consiga empreender nesse processo, eu consigo acessar esse propósito de vida. E quem acessa o propósito de vida acessa a felicidade.

E a felicidade, meus amigos, não é um processo de só sorrisos. A felicidade às vezes envolve choro, envolve tristeza, envolve raiva. Mas todos esses sentimentos são bem-vindos, porque são humanos, e devem ser honrados e acolhidos como uma oportunidade de aprendizagem.

Cada um é feliz de um jeito. E somente através desse processo de incursão naquilo que nós somos é que nós vamos poder sentir o que faz o nosso coração vibrar.

Como diz o compositor: “Cada um de nós compõe a sua história, e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz”.

 

Quer se conhecer mais e resolver as suas questões emocionais?